domingo, 4 de janeiro de 2009

Tempo

As noções de tempo dão-me que pensar, em como o mesmo espaço de tempo pode ser muito ou pouco, como quando acordo e demoro 1h para sair parecendo-me 10m.

Connosco foi igual, o tempo que me pareceu pouco para ti foi demais. 
Essa foi a nossa maior diferença, as noções de tempo, connosco andavam sempre trocadas. 
Tenho para mim que as nossas noções estão ligadas à ansiedade, com a ansiedade o tempo parece demorar mais a passar e a nossa condenou-nos desde o inicio. No entanto, quando a razão insiste em ser ouvida vemos como o mundo vive o tempo à nossa volta, num tempo diferente do nosso. 
Apercebo-me que existe um mundo exterior a mim com um tempo próprio, que o tempo vai passando, e o que me parece pouco dá para esse mundo fazer muito, reparo num ritmo que existe que estava a deixar de lado. 
De repente, abre-se uma porta para esse mundo exterior que se torna também meu, deixo o constante e volto ao meu real, ao meu inconstante, aos meus variados momentos, à minha noção de tempo em que os meus 10m passam à real 1h. 
Deixo a porta fechar sem olhar para trás, quero o mundo comum, a vida comum, o tempo comum. Sei que quando quiser voltar a parar no tempo vai ser fácil, fechando-me, pensando no passado o tempo pára para reflectirmos, conhecermo-nos, aprendermos. Voltar à razão e à realidade é bem mais dificil. Portanto fico-me pelo agradável, pelo motivador, voltar à agenda cheia, aos dias em que consigo fazer mil coisas e mesmo assim respirar fundo, olhar à minha volta e sorrir, estar num presente e sonhar com um futuro sem parar no tempo. 

Receios...só mesmo o de deixar esta noção de tempo, este tempo real.

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